Pensamento

"Onde quer que o homem vá , verá somente a beleza que levar dentro do seu coração" . Ralph W Emerson

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quanto Mais Distante O Poder, Mais Mitificado o Valor

O significado da vida vem do valor que damos a ela, aprendemos desde cedo que o poder era dos mais fortes. Nossos pais, nossos heróes de infância, professores, aquele garoto cheio de marra falando grosso, cheio de músculos., o diretor barbudo falando grosso. E nós, tão pequenos, tão desamparados, tendo que aprender tudo. Com o tempo descobrimos que existem coisas maiores na vida, coisas que o ser humano persegue como se assim pudesse ser um vencedor. O homem desde os primórdios lutou para sobreviver, aprendeu a respeitar o poder ou o desconhecido, duas coisas às quais se submetia vez por outra, sem controle de seu presente e futuro. Como observador primativo, ele vivia da associação do constante movimento ao seu redor e das mudanças que a natureza lhe mostrava. Ele foi aprendendo a definir os ciclos e a temer a fúria da natureza, que originaam os mitos, deuses pagãos que representavam cada energia à quel o homem se rendia e reverenciava com templos e rituais, a fim de cultuar o poder e poderem se beneficiar deste no cotidiano. A relação do micro e macro começava do homem em relação ao impalpável , mas existente, uma força ou poder que interferia e mutilava a vida, destruía e matava, o Divino - a Divindade. O povo vivia se adequando às intempéries, e cada vez mais colocava poder naqueles que do "alto" comandavam o universo à volta deles. O mundo era "pequeno" dentro do conhecimento que tinham do espaço que existia, na mesma dimensão sua percepção de si mesmo era pequena e frágil. Nesse diminuto mundo físico e psiquico, o homem vê o deus /mito como grandioso, ele o cria Grande em função de seu significado, do poder que exerce sobre a terra e seus habitantes. Existia um caminho de religar enquanto se louvava os deuses, se determinavam datas festivas , se criavam festas, orgias, sacrifícios, oferendas, práticas que veneravam os deuses, cultuavam as lendas e forneciam ao povo um fio de ligação com o divino, a esperança, o elo que fazia o povo sobreviver jnto às suas crenças. O aparecimento do Cristianismo é uma linha divisória com o Panteísmo,o Monoteísmo, onde se principia a busca por um "guia" um único Deus que , de alguma forma, trouxesse para o homem a real união e semelhança através da figura de Cristo, antes com Javé, depois com Alah, um "Pai" numa imagem simbólica ou quaisquer que sejam as formas de expressão que possam dar. A grandeza do poder cria distância, faz o homem sentir-se distante de si mesmo, não se dando conta de seu real poder como ser humano, como um amontoado de células mágicas que se unem, se reproduzem e criam vida, crescem e se desenvolvem em uma máquina potente e complexa, de recursos inesgotáveis, de uma enorme capacidade de se transformar, se re-criar, ser parte, ter seu valor, seus direitos e deveres. Somos células errantes nesse universo de íons e prótons, corpos amorfos de diferentes raças, culturas, mas ainda assim um espírito viajante do tempo sem porto. O princípio da crença em algum poder maior, a possibilidade de sermos parte desse todo maior, um conforto espiritual, um fio de esperança que move o homem em busca de sua centelha divina. Seria esta a chama a guiar às cegas os espíritos em busca de Luz.

Um comentário:

  1. Oi San *.*

    Adorei a imagem escolhida do Centauro,aquele corpo animal demonstrando nossos instintos mais primitivos de sobrevivência,com a parte humana nos remetendo a pensar no que é sê-lo e quem estará no controle,a flecha do pensamento em mãos num alvo que sempre nos parece inatingível...

    MARAVILHOSO!


    Deixando meu beijão aqui procê

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