Pensamento

"Onde quer que o homem vá , verá somente a beleza que levar dentro do seu coração" . Ralph W Emerson

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ele me Ensinou a Amar Incondicionalmente

Um dia, ganhei um beijo de língua e sabe, amor a primeira vista. Shalom era tudo que eu queria, aquele cara atirado, impulsivo, feliz por natureza, cara de bonachão e um dengo que acabou com quase todas as minhas resistências. Imaginem eu com casa 5 em Capricórnio, Saturno em Sagitário de casa 4 e Marte em Aquário na casa 6 (animais domésticos). Eu, capricorniana com ele? Jamais, sou uma eterna escrava dessa Lua canceriana cheia de dengo e esse rabito abanando velozmente como um ventilador sagitariano. Acho que Marte aquariano me trouxe do céu um companheiro pro meu Sol ariano, dois solitários reflexivos, um ótimo despertador e um dorminhoco aos meus pés. Faz tempo que ele me faz sorrir com ele, de perceber seu silêncio cheio de palavas, seu ilhar que grita tanto amor. Ele nada me exige e agradece de todo coração qualquer coisa que eu ofereça a ele. É um filho "comprado", mas vale milhares de vezes quanto pageui por ele, a responsabilidade peso, um medo de deixar que sofra, tão fiel e confiante, merece todo o carinho e atenção. Eu mimo demais, estrago até, minha veterinária, ops, dele, diz que é filho único de mão solteira, é verdade, fico mal quando esse peludo adoece, cuido como se fosse um príncipe, ele merece, uma alma de ouro. É mestre em mostrar sua alegria em me ver, tem sempre um ato de carinho, curioso que só, mas é um caçador de corações. Minha sincera e amorosa homenagem a alguém que diz que me ama todos os dias de várias formas e a quem posso dar meu amor sem limites.

domingo, 26 de julho de 2009

Um Novo Caminho

Quantas e quantas vezes meus pequenos pés corriam saltitantes pela terra macia, ainda húmida do orvalho da manha. Era delicioso passear pelo mato, sol da manhã, e uma aventura ainda a ser vivida. Naquela época só existia o presente momento, quase noção me dispunha a questionar como e porque tinha ido parar naquele pseudo-paraíso, em certos momentos, uma prisão, sem algemas, mas que me fazia ser estagiária numa família que não era "minha", num lugar onde eu era passageira. Mas quando somos crianças o tempo não existe de fato, é como se a cabeça oca ainda estivesse sempre a captar e colocar encaixes para formatar imagens das cidades, do cotidiano, que hora se inveria, se destonava e , a criança fica é coadjuvante dessa história ainda. Quantas vezes em minhas viagens eu construía casas de cacos de tijolos, cozinhava arroz nas panelinhas ao sol do mei-dia. Um minuto era o bastante para sair correndo em direção à cozinha e ao cheiro de feijão. Á noite tudo se apagava, somento os lampões nos deixavam num clima noturno mesmo, nos restava conversar e dormir. Um dia , coloquei sapatos e voltei pela estrada, olhei para trás e vi meu avô lá parado em cima da bicicleta, se chapéu de palha, roupas empoeiras pela estrada. Não teve dor, mas estava me separando do que mais me era !caro!, nossa convivência amorosa. Fui andando, arrastando os sapatos no barro, tinha uma ponta de tristeza em meu coração, ao virar meu rosto , me deparei com aqueles mesmo olhar lá detrás, espelhado no rosto de minha querida mãe. Saí correndo em disparada e me joguei no seu colo, fui recebida nos seus braços e coberta de beijos saudosos, nunca mais nos separamos até sua partida final. Um novo caminho se colocou à minha frente, uma enorme precipício, rochoso, íngreme, lá embaixo um ar bravio, profundo, sempre muito negro. Criei um muro invisível e me afastei por anos, hibernei na casa da árvore, nos livros e livros pelas madrugadas adentro. De alguma forma eu vagava por entre as árvores da floresta e sem me dar conta, de novo, do tempo que era levado pelo vento frio e pelas nuvens que encobriam a luz do meu Sol. Um dia descobri uma caverna próxima a um lago, fria , úmida, era como um longo caminho, me vi diante daquela abertura, seria um caminho de fuga ou de me levar a um lugar encantado? Tudo havia se tornado breu, era hora de sair da temperança e encar a necessidade de mudança. Pisei com meus pés descalços no chão frio, parecia um caminho esculpido a mão, irregular e qe me sangrava a pele, ao mesmo tempo fontes de água límpida jorravam das pareces e me limpavam os pés e mãos. A travessia era longa, eu em transe, seguindo em frente, mais por instinto do que por coragem, mas omigo sempre foi assim, no fim existia Eu, mais ninguém, eu e minha angústia, meu medo encaixotado e me restava cumprir meu papel. De uma hora para outra surgiu uma luz no fim do túnel, tão dorte que me tomava o corpo me tornando translúcida, talvez ali eu tenho me vista "inteira" pela primeira vez. Destroçada, coração aberto, algo tinha se ido de mimmas ainda parecia uma história alheia à minha real existência. Com certeza real era a perda na minha transitória fase de desconexão. Enfim o Sol raiou e lá estava eu na praia a me bronzear na areia, a caminhar sobre as borbulhas da arrebentação, sem conchas pra guardar de recordação. Continuei preferindo praias desertas, eu fugia para as baladas, as comilanças, o burburinhos dos vendedores, o livre prazer de ter pequenos regalos. Um dia descobri que o passado me deixara minas e poços, uma riqueza a conquistar, de graça, só a graça divina mesmo. Começara o calvário e a negação da ambição ante ao medo do poder. Fácil e cômodo não querer mais nada, se contentar com pouco frente ao esforço e a dúvida cruel do fracasso. O Ouro de Tolo é uma grande lição da ilusão do poder aos controladores, viver pela metade, não ousar. Uns, como eu, nem a se desesperam chegam, somente contemplam à espera de uma solução. Um dia ela bate à nossa porta, entra sem pedir licença e se instala no sofá, agora fica impossível negar a urgência. E, de uma forma mágica, quando pego o cedro e a coroa e me coloco no trono, vejo lá de cima a minha trajetória, descobri pelos caminhos que andou, e que por ali aprendeu a sobreviver para assumir mais um parte de sua missão. Diante de uma ameça nasce uma guerreira que não admite morrer, que deseja viver até o fim de seus dias. Meus pés estão pesados e eu me arrasto pela terra, engatinho igual a um bebê curioso da vida. Agora é meu Sol que me guia.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

As Muralhas

Séculos se passaram e essas paredes ainda se lembram de muitas histórias que elas acobertaram e guardaram, trancafiando corações, impedindo de novos ares adentrarem pelas portas e janelas, quebrando vidraças, acordando a aldeia, apagando lampiões, deixando às escuras velhas máscaras carcumidas, almas amargas que mais desejavam coibir a felicidade alheia, punir os jovens or seus ideais e sonhos, como se eles pudessem ousar serem felizes. Pedras empilhadas, unidas com argila, mais pareciam montanhas intransponíveis, a calar o som dos lamentos, os segredos do sexo proibido. Tudo sempre oculto, pecaminoso, hipócritas sociedades e cidadãos que aprendiam a viver a molestar os mais fracos, a corromper os inocentes e a punir os ignorantes. Seus pés pisavam firmes, marchando pelas ruas, apoiados nos seus cedros, como a esfregar nos moribundos das ruas o seu poder e saber. Ergueram majestosos templos como prova de sua influência no povo, fosse para usurpar da riqueza alheia em troca do prestígio, fosse pela magalomania de conquistar mais e mais e assim tecer colúios com o poder negro que visitava as ruelas e esquinas onde ao passar, deixavam estendidos corpos de prostitutas, bêbados, afeminados, decapitados, enforcados em árvores, e impunimente regressavam aos seus grandes porões da indecência e imoralidade. Muito ainda herdamos desse horroroso passado, ainda jaz na alma de muitos a genética pobre da mediocridade e o preconceito é uma das armas que usam aqueles que não ousam ser quem são. Soberbos ignorantes que ainda acreditam que negar é o caminho. Negam sua alma e buscam comprar valores que tapem os buracos da podridão da carne. Eles nem choram, pois não podem admitir seus sentimentos empobrecidos. Detonadores, corruptores, abusadores, ainda se escondem por trás das muralhas do poder. O Poder é uma via de duas mãos, quanto mais se deseja dominá-lo, mas ele se torna seu pior inimigo, porque ele te expõe de certa forma, que te fragiliza e te humilha, quando ele te mostra o quanto você usou dele para se pintar do que nunca foi nem seria capaz de se tornar. Penso que ao apontar, invalidar, e matar as oportunidades dos outros, está ele negando o que ele não acredita poder ser. O miserável quer igualdade, assim ele pode se beneficar da miséria alheia como compensação e consolo de sua prórpia medíocre sina. A espiritualidade da ao homem a capacidade de transcender valores, de traçar um caminho de desapego como forma de encontrar a si mesmo como parte de um entorno que lhe irá testar e haverá escolhas, e estas deverão ser pelo bem comum.

domingo, 12 de julho de 2009

Eu Tenho Tanto Pra Te Falar...

Mas com palavras, não sei dizer, como é grande o meu amor por Você! Foram tantos Vocês que amei nesses 50 anos... Diante da TV fui sentindo passar por mim todas as memórias dos meus amores, amores que Roberto Carlos cantou e a gente só sentia e dançava ao som daquelas maravilhosas declarações de amor. Podia ser na fossa, na euforia de uma paixão, na calmaria de um amor maduro. Parece que todos eles se juntaram dentro do meu coração e, me veio uma mistura de saudade, dor, todos os sonhos de casamento, os noivados desfeitos, as noites a molhar a fronha do travesseiro, alguns aconchegantes bailinhos num encostar de corpos ardentes no escurinho da boite. Eu precisava chegar aqui e des,abafar dizer para o Roberto, obrigada. Obrigada por tantos momentos, tanta inspiração, tanto amor expresso em canção. Teus 50 anos de carreira são os meus cinquenta de vida e como foi bom ser contemporânea de um ser que deu pro mundo tanta coisa boa. Bicho, valeu por tudo.

sábado, 11 de julho de 2009

Um Olhar Pra Frente

Há uma petrificação da vontade de luta, ele não pode mais, ele olha para seus pés quase nus dentro daqueles podres sapatos rasgados, cheios de calosidades, sequelas de longas caminhadas a esmo, sem rumo, a perseguir um caminho para a terra do nunca, desencantada na realidade nua e agonizante que cresce nas vísceras do animal faminto e desesperado pelo alimento. Ele nada mais é que um corpo sem vitalidade, a alma o abandonou depois de tantas crenças vazias, tantas promessas sem trabalho, sem propósito. O rio secou e a chuva lavou a areia que construíra o castelo, aquele castelo encantado da princesa, ela fugiu para a torre e lá se trancou com sua inocência. Sobrou um velho carcumido de espírito, pele e ossos a lhe ergue cabeça que tomba em direção ao chão de tábuas da ponte. Como seguir adiante, onde encontrar forças para mais um novo mundo a frente? Essa terra seca, poeirenta, sem verde, essas lentes míopes que miram detidamente a matéria fétida que corre nas valas da marginalidade, do passado pobre, dos sonhos desfeitos, de todas aquelas mãos acenando no adeus. Foram tantos os lugares de onde partiu para nunca mais e, em seu coração ficaram todas as lembranças de amargor. Sobraram-lhe os sonhos com gosto de bolo solado, de desejo desfeito, ombros curvados e o mundo na poeira dos pés. As tábuas são incontáveis, o destino é invisível, a mente não quer mais se esforçar, o fim de tarde se aconchega, mais uma noite e no amanhã, ele ali despertará. A vida invadindo suas pálpebras, forçando a içá-las num esforço supremo e, diante de si, a ponte trêmula, como uma vara de aço do bêbado equilibrista ou um belo tapete mágico do gênio da lâmpada. Dizer não é mais simples, mais fácil ser o negador, assim jamais será um perdedor. Ele tapará os buracos com grifes, propagandas, capa de revistas, coisas que cubram sas feridas em carne viva, ele continuará negando a dor, mesmo que a carregue nos braços, como se fosse valoroso, virtuoso, aceitar a sina a lutar pela vida. Talvez sejam os solitários, os abandonados, os que busquem a benção da luta como valia pela continuação dessa vida, vida sem fim, apenas um caminho a percorrer e encontrar a si mesmo. Uma gota no oceano.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

50 Anos de Nascimento e Morte

Ciclos de vida estampada em fotos, músicas, passagens que ficam para sempre na memória afetiva, pois enquanto nosso ídolos brilham no céu, são pano de fundo de nossas histórias. 1958 - Nascíamos Eu e Michael (simplória intimidade filosófica) e uma estrela iniciava sua trajetória de luz - Roberto Carlos numa iluminada carreira artística. Aos 10 anos ganhei meu primeiro compacto de Roberto Carlos - "Esqueça". Era mania nacional, respirávamos o bom meninomeio educado, romântico e pra frente! Roberto começou cedo a ser alguém a conviver com uma deficiência, sua Lua Marte conjuntos em Aquário opostos a Quíron e Plutão na casa 4 , dizem do acidente e das perdas pessoais, Marte rege ASC-Sol-Vênus-Mercúrio-N.L.Sul (casas 1 e12). Paralelamente Michael Jackson aos 10 anos iniciava sua escalada, um Sol leonino que abriu as portas para a família, seu Urano-Mercúrio-Vênus em Leão inventou uma estrada dourada, enquanto Roberto guiava pelas Curvas da Estrada de Santos no seu primeiro filme. Eu, mera coadjuvante desse universo de um novo som, comprando discos, fitas kct, vibrando alto minhas caixas de som, sonhando com meus amores/amantes embalda pelas vozes e criação desses maravilhosos personagens, que nasceram para dar para o mundo o que de precisoso tem dentro de si. Enquanto Michael Jackson nos deixa de corpo, talvez morto já o estivesse ha algum tempo, envolto em suas dores, no ostracismo, refugiado por trás de suas máscaras, Roberto Carlos se oferece ao povo presencialmente na comemoração de seus 50 anos de carreira. O pacato cantor romântico, o viúvo de alguns amores, sempre se protegeu e nesse momento mostra ao mundo renovação, depois de sua grande perda do amor de sua vida. O homem é capaz de se mata com seu próprio veneno ou se curar com ele. A serpente do Ouroboros fala do ciclo de Nascimento-Vida-Morte-Renascimento, numa linha têneue o ser humano vivencia a dor como alerta, um insigth a despertá-lo para a vida. AO passado pode ser somente uma história que apontou um novo caminho, Urano-Aquário no mapa desses dois gênios lhes deu canais abertos com o cosmos e eles produziram parte deles, da dor, dos conflitos, da vida de ídolo, da fama, mas na intimidade eles cresceram e se transformaram em indívuos, que tiveram que se encontrar por trás das luzes. O amor por Ana Rita foi gôtas cultivadas no coração do Rei e lhe concebeu a coragem de voltar à luz da inspiração de ser ainda fonte de amor a todos seus fãs. Talvez faltasse a Michael um amor que lhe acalentasse a dor e menos ele necessitasse anestesiar esse homem que vivia dentro de si. Aqui sou espectadora da morte e renascimento de meus ídolos. Parabéns a tudo que nos ofertaram de coração.

sábado, 4 de julho de 2009

O que você tem é criado por você!

Outro dia li por aí en passant, uma frase: Se você está vivo, você não está só. Uma grande verdade, a gente nem se dá conta do todo que nos envolve, ficamos tão embutidos em nós mesmos, quase um pseudo-caramujo, divagamos aleatóriamente entre trabalho, dinheiro, casa, filhos e "necas" de sacar a responsabilidade daquilo que colocamos no nosso mundo. O que existe como consciência é o que possuímos, o que permitimos existir, aflorar e se desenvolver . De dentro de mundo inteior enxergamos o mundo exterior. Bem parecido com aqueles jogos virtuais de constução de cidades, comunidades, nós em realidade, construímos nosso mundo real, ou aquilo que acreditamos ser real, ou aquilo que enxergamos como possível e verdadeiro ou até mesmo o que emerge de mistério impalpável, mas possível de existir. Isso me lembra do menino levado, que num dos dias de crise ele mal deixava os pais assistirem a televisão. O pai, sem muita convicção, o mandou ficar de castigo dentro do quarto, longe dos brinquedos. Ele levanto pisando duro no carpete e bateu a porta estrondosamente (jeito sagitariano de ser). Passaram 15 minutos e o maior silêncio, todo mundo a espera do discurso inflamado pela frustração, e nada. Meia hora depois o pai levantou-se e chegou próximo da porta, silêncio, será que ele tinha adormecido? Qual foi a surpresa ao abrir a porta e encontrá-lo no chão a brincar com "soldadinhos de chumbo" na forma de pregadores de roupa, com direito a efeitos sonores especiais. Pois é, solidão é uma disposição de se ver só, creio que é como se fôssemos uma ervilha prester a ser engolidade pela água da sopa e desfacelada em micro-partículas. Talvez seja essa sensação do não poder de controle frente ao enfrentamento do mundo, diante de um mundo que criamos, onde somos uma ervilha dentro da panela de pressão. Somos parte de um todo, mas sem voz, conduta prórpia, sem direito a vontade, desejos. Desaprendemos de como transformar um pregador de roupa em um soldadinho de chumbo. É preciso temperar a vida, dar sabor ao cotidiano, colorir de ideais, manipular a lente e criar tons e semi-tons, olhar pela janela e enxergar um mundo possível, um jardim que atraia a sua lagarta e a transforme em borboleta. O que te motiva está dentro de ti, o que existe é o que você doa ao universo, esse universo pessoal que te rodeia e te carrega pela vida afora. Nele você deposita as ficas da Roda da Fortuna, e ela gira a favor de que você acredita ser e poder se transformar. Isso me lembra a música de Ivan Lins e Vitor Martins: Depende de Nós... Depende de nós / Quem já foi / Ou ainda é criança / Que acredita /Ou tem esperança /Quem faz tudo /Pr'um mundo melhor... Depende de nós / Que o circo / Esteja armado /Que o palhaço / Esteja engraçado / Que o riso esteja no ar / Sem que a gente Precise sonhar... Que os ventos / Cantem nos galhos / Que as folhas /Bebam orvalhos /Que o sol descortine /Mais as manhãs... Depende de nós /Se esse mundo / Ainda tem jeito / Apesar do que / O homem tem feito / Se a vida sobreviverá... Que os ventos / Cantem nos galhos / Que as folhas / Bebam orvalhos / Que o sol descortine / Mais as manhãs... Depende de nós / Se esse mundo /Ainda tem jeito / Apesar do que /O homem tem feito / Se a vida sobreviverá...

A Irresistível Passagem do Tempo

Gente, é uma Gif., tecle na imagem para verem os quadros. he he he

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quanto Mais Distante O Poder, Mais Mitificado o Valor

O significado da vida vem do valor que damos a ela, aprendemos desde cedo que o poder era dos mais fortes. Nossos pais, nossos heróes de infância, professores, aquele garoto cheio de marra falando grosso, cheio de músculos., o diretor barbudo falando grosso. E nós, tão pequenos, tão desamparados, tendo que aprender tudo. Com o tempo descobrimos que existem coisas maiores na vida, coisas que o ser humano persegue como se assim pudesse ser um vencedor. O homem desde os primórdios lutou para sobreviver, aprendeu a respeitar o poder ou o desconhecido, duas coisas às quais se submetia vez por outra, sem controle de seu presente e futuro. Como observador primativo, ele vivia da associação do constante movimento ao seu redor e das mudanças que a natureza lhe mostrava. Ele foi aprendendo a definir os ciclos e a temer a fúria da natureza, que originaam os mitos, deuses pagãos que representavam cada energia à quel o homem se rendia e reverenciava com templos e rituais, a fim de cultuar o poder e poderem se beneficiar deste no cotidiano. A relação do micro e macro começava do homem em relação ao impalpável , mas existente, uma força ou poder que interferia e mutilava a vida, destruía e matava, o Divino - a Divindade. O povo vivia se adequando às intempéries, e cada vez mais colocava poder naqueles que do "alto" comandavam o universo à volta deles. O mundo era "pequeno" dentro do conhecimento que tinham do espaço que existia, na mesma dimensão sua percepção de si mesmo era pequena e frágil. Nesse diminuto mundo físico e psiquico, o homem vê o deus /mito como grandioso, ele o cria Grande em função de seu significado, do poder que exerce sobre a terra e seus habitantes. Existia um caminho de religar enquanto se louvava os deuses, se determinavam datas festivas , se criavam festas, orgias, sacrifícios, oferendas, práticas que veneravam os deuses, cultuavam as lendas e forneciam ao povo um fio de ligação com o divino, a esperança, o elo que fazia o povo sobreviver jnto às suas crenças. O aparecimento do Cristianismo é uma linha divisória com o Panteísmo,o Monoteísmo, onde se principia a busca por um "guia" um único Deus que , de alguma forma, trouxesse para o homem a real união e semelhança através da figura de Cristo, antes com Javé, depois com Alah, um "Pai" numa imagem simbólica ou quaisquer que sejam as formas de expressão que possam dar. A grandeza do poder cria distância, faz o homem sentir-se distante de si mesmo, não se dando conta de seu real poder como ser humano, como um amontoado de células mágicas que se unem, se reproduzem e criam vida, crescem e se desenvolvem em uma máquina potente e complexa, de recursos inesgotáveis, de uma enorme capacidade de se transformar, se re-criar, ser parte, ter seu valor, seus direitos e deveres. Somos células errantes nesse universo de íons e prótons, corpos amorfos de diferentes raças, culturas, mas ainda assim um espírito viajante do tempo sem porto. O princípio da crença em algum poder maior, a possibilidade de sermos parte desse todo maior, um conforto espiritual, um fio de esperança que move o homem em busca de sua centelha divina. Seria esta a chama a guiar às cegas os espíritos em busca de Luz.