Pensamento

"Onde quer que o homem vá , verá somente a beleza que levar dentro do seu coração" . Ralph W Emerson

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Porque Estamos Sozinhos? Parte I

Nossa caminhada  é um desafio a cada etapa, precisamos vencer o medo e respirar. Assim começamos a vida, interagindo com o meio-ambiente, dependemos da mão de um alguém , do seio a jorrar alimento, a princípio choramos como para chamar atenção sobre nossas necessidades. Alguns sortudos são o centro das atenções de toda uma família a lhe rodear , enchendo-os de paparicos, abraços, colos dançantes, canções de ninar, belas manhãs de sol e somos carregados por essa avalanche de sensações, emoções e informações que vamos absorvendo sem muito compreender o real sentido disso tudo. Maior trabalho esse dever de crescer, estudar tabuada, fazer letra redondinha, comer a comida toda do prato, a gente não acredita que pode piorar depois. (risos) De alguma forma nossa inconsciência nos embala pela vida experimentando-a,  vamos adquirindo uma mistura do filtro com o qual interpretamos o que observamos frente aos preconceitos ensinados  e a nossa mais íntima índole, essa mistura é esse nosso Eu Interior, que nasce para brilhar como sol, uma identidade definida e integrada.
Solitária essa nossa busca, quem somos, de onde viemos, para onde vamos. Somos únicos buscando nossos "iguais" para nos acasalarmos, nos apoiarmos, nos tornarmos uma força quando unidos, precisamos uns dos outros para sobreviver, mas acreditamos ser donos de nosso destino. Mas cada qual de nós tem um caminho e seu livre arbítrio que nos dá essa liberdade ampla e irrestrita de escolher quem ser e mudar a qualquer momento. Nosso maior desafio é o MEDO,  medo de ser incapaz de agradar o ser amado,  de não ser reconhecido por seu poder/talento, medo do fracasso/sucesso. A insegurança é uma verdade diante do desconhecido, você mesmo se desconhece, vai se descobrindo  cara pessoa e lugar que conhece.
Navegamos através das correntezas, contornamos nossos obstáculos, nossos medos se desviam em desculpas, sonhamos como ondas gigantes e terminamos lambendo as margens da terra. Mais tarde somos ilhas, construídas com base na rigidez do orgulho e preconceitos, na enorme dificuldade em nos adequar e compartilhar com a constante mutação e diversidade que nos cerca, nos impõe modismos, dogmas, crises. Planetas  como Saturno e Plutão no ASC/Casa 1, formando aspectos com planetas pessoais, promovem um caminho de vida onde haverão necessidades de abdicação, esforço, lidar com perdas, crises, que de certa forma irão contribuir para seu crescimento pessoal, a conquista de uma atitude onde seja dono e responsável para seu reconhecimento e poder pessoal. Esses mesmos planetas numa Casa 4 podem evidenciar uma educação familiar rígida, uma aridez afetiva construindo alguma solidão, desejo de privacidade, questões de poder dentro da unidade familiar, seja por um específico personagem cultivando o controle/descontrole, seja por cobranças ou falta de uma atitude cultivadora, esse ventre não acolhe, rejeita, invalida, e mesmo a própria ausência/perda gera não-sustentação.
 Em algum momento na fase adulta, a pessoa busca a auto-suficiência, amarga por vezes o peso da responsabilidade familiar, os laços  com os quais se enforcam, presos a uma SEGURANÇA que o tolhe a liberdade,limita a auto-confiança.O indivíduo vaga em busca de questões concretas ou manipula como forma de proteção do seu ninho. Planetas pessoais  em Escorpião e Capricórnio em mapas onde exista mais Ar tendem a favorecer a interiorização, emoções represadas, sentimentos intensos e densos podem cultivar "pérolas" cultivadas em "ostras protetoras" do mundo ameaçador e cruel, frio e inóspito de onde viemos ou das senzalas às quais foram acorrentados, por acreditarem-se escravos, se permitirem ser abusados. O amor pode ser uma ameaça  por negar, causar dor ou meso pelo pavor da perda, principalmente quando os afetos são grandiosos, paixões, conquistas a  um longo prazo de paciência para liquidar com as resistências. 
As dificuldades são artimanhas do tempo, manutenção da privacidade até que possam abrir os portões da intimidade da partilha,mas jamais da entrega total. São cúmplices de seus donos como cães fiéis, se submetem  e na maioria das vezes vivem no seu mundo interior, ou donos de cada passo-a-passo do cotidiano,  que os leva a uma atitude egoísta, seja por sua negação pela impotência total de erguer-se ou por gerenciar  a vida no comando exercendo seu poder, aniquilando aqueles que ousarem tirar deles essa pseudo sensação salvação, eternos sobreviventes. O "ir fundo" não é para qualquer um, o bom da história é que, enquanto existe inconsciência você emana uma energia tipo uma plaquinha na testa escrito: mantenha distância, ao mesmo tempo que você acena com um corpo palpitante de desejo, olhos gulosos e corpos pulsantes de desejo. Uma alquimia fascinante de mistério, desejo, desafio que faz um querer dominar  pela segurança, ser dominado pela fantasia. Quase impossível resistirem, mas a seletividade é real, mesmo que a proposta seja do personagem mundano, cumprindo seu papel de macho predador, da executiva comedora de garotos de programa. 
Eles(as) lutam pela vida  afora, determinados, disciplinados, a ira internalizada pode ser um vulcão nutrindo esse interior de força ardente que queima e arde, mas não tem coragem, não acredita, se jogam na vida e vivem muito próximos do perigo, da miséria. Se mantêm firmes, impassíveis, como se fossem de ferro. A princípio o importante é ganhar a qualquer custo, socialmente precisam serem reconhecidos, emocionalmente morrem de medo de fracassarem, o fiasco de não corresponderem a tudo o que se forjam a ser. Não sabem pedir,a comunicação pode ser bem mais facilitada no corpo-a-corpo, a alma flui e eles se tornam humanos, alguns podem ainda depender do manter o "dever de cumprir" o papel. Sabem-se "maiores" do que os outros, muito mais pela obstinada determinação de auto-sacrifício e jamais desistirem. Não são melhores, talvez mais frágeis dentro dessa casca dura, escondam almas femininas, sensíveis, complexos.Alguns poderão  ficar naquela vida muito íntima e pessoal, convivendo com seus intensos sentimentos que transformam em obras de arte, o controle do tempo  como forma de limitar a invasão e até mesmo se desnudarem em demasiado.As explicações não existem, não devem satisfações, somente por interesse e com objetivo à frente,o NÃO é a palavra de ordem, o primeiro não é automático para si mesmo, o medo mora ali ao lado, o drama é encobrí-lo, disfarçá-lo. Os mais íntimos, os parceiros um dia encontram com o lado do avesso, se chocam como o derrotado, desmascarado, o lado pueril que vive em escapes sexuais ou alcoólicos paralelos, onde podiam se sujar, jogar no lixo todo o desprezo e mágoa por não conseguir abdicar dessas muralhas, pois até mesmo aqueles que se erguem sem ostentação, podem ainda conduzir conflitos internos , preconceitos contra si mesmos e também atraem oposições gratuitas daqueles que não lhes é permitida a entrada franca.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Vira Vira Vira... Virou!

O "Destino" bate a sua porta!
A Carta da ""Roda da Fortuna", o número 10 dos Arcanos Maiores do Tarot, é um arquétipo que fala da necessidade compulsória e mudança. Não existe alguma escolha, a vida te atravessa o caminho e forma uma encruzilhada, da qual você não pode fugir. Ou você estanca e resiste imutável, ou se rende ao inevitável. Na Numerologia os números da data de nascimento, somados e seu resultado reduzido, identifica nosso "Número do Destino" e podemos associar este resultado às cartas dos Arcanos Maiores do Tarot. como o universo numerológico é de 1 a 9  e o universo simbólico do Tarot é de 1 a 22 (  0 - O Louco considera-se 22) , precisamos utilizar a soma da data de nascimento  dentro do universo de 1 a 22, para que assim possamos associar todos os Arcanos Maiores, tendo assim oportunidade de associação com os 2 símbolos, o dos números e o dos Arcanos.
OBS: é importante não reduzir o resultado numérico da soma da data de nascimento, técnica que utilizamos na Numerologia, mas aqui precisamos dos resultados de números compostos até o 22.
 Minha mãe nasceu em 01/01/1931 e somando os números,
dia + mês + ano=1+1+(1+9+3+1)=5 = 7 a carta  do Tarot é
O carro, o arquétipo de ma escolha de caminho a ser conquistada e que depende absolutamente da pessoa. Este controle em excesso por medo de perdas, orgulho em não admitir fraquezas, a obstinação cega de poder e a onipotência,   Num outro exemplo temos um nascimento em 31/01/1960, na soma  de dia+mês+ano = 4 +1+(1+9+6+0)7 = 12 A carta  12 dos arcanos maiores é a" "O  Enforcado"   um caminho onde haverá muita disposição a retidão, resistência, um agarrar-se  à dor, seja dor física, algum infortúnio na saúde, a pessoa caminha num aprendizado lento, uma enorme dificuldade ás mudanças. O aprendizado do Enforcado é o de perceber a necessidade  dese dispor a quebrar crenças que o limitam, é também fases de ano pessoal no Enforcado onde iremos precisar de muita paciência e abdicação para alcançar no futuro uma certa estabilidade sob os pés. Quando nos libertamos desse aprisionamento em sacrifício, ou por uma enorme inação, podemos sair de uma visão limitada e passar a enxergar a vida mais positivamente, com uma luz que nos dá condição de iluminar o caminho de muitos outros através de nosso próprio aprendizado.
Minha Roda da Fortuna é uma máquina, que acredita a princípio ser dona absoluta de sua sina. A roda é símbolo de um volante de carro, onde estamos no comando, aqui não de forma pessoal, mas sim como manipuladores do que desejamos no nosso caminho, através de nossos próprias escolhas como se pudéssemos manipular o nosso entorno, principalmente para os que desde cedo sofrem algumas "fraturas"  quando atropelados pela Roda da Vida. A crença de ter poder sobre os outros, a ostentação deste através de pressão, corrupção e/ou dominação,  podem ser fatores cruciais que  interferem na construção da aceitação que nada depende exclusivamente de nossa vontade, nosso poder mental, econômico, místico, de nossa força física a capacidade de começar de novo, viver os ciclos . Existe um Universo do qual somos apenas uma micro-parte atuante, mas onde precisamos aceitar e nos submeter a forças. Há  uma certa solidão em que comanda sua vida com mãos de ferro, o pânico pode ser uma ameaça avassaladora de ruptura do hoje, porque a Roda ela entra a vida da gente sem pedir licença, nos trás para a consciência dessa real.
Nossa própria inércia diante do movimento constante do universo, quantas vezes o medo nos paralisa. Mas as coisas chegam na hora certa, preparados ou não, a alegria invade osso mundo turvo pela presença de alguém, pelo reencontro consigo mesmo após uma longa crise. vamos fundo despenhadeiro abaixo, deslizamos numa maionese de desconexão e descompromisso, a Roda nos chama, nos impõe escolhas, um dos meus maiores medos, fazer escolhas, essas que decidem o futuro, minha angústia me ronda, me asfixia . A sensação é exatamente essa, a da fatalidade, mesmo que eu não creia nesta a maior parte do meu tempo, ela existe como um recado , um aviso, por isso nossas fases onde preciso tomar decisões sérias, há um sofrimento que, hoje mais calejada, eu bem sei que me renderei e conseguirei viver a consequência de minhas opções quase sempre sem nenhum arrependimento, pois junto ao medo pela fatalismo, existe a certeza de virar o jogo e lidar com a nova rota com enorme prazer. Hoje sei que , aquilo ou quem atravessa meu caminho, tem uma função na minha vida, o instinto  é de encarar, até sorrio por dentro, um sorriso safado, dessa grande brincadeira de estar sempre pronta para um novo olhar. o comando  e o de me divertir com essa diversidade intensa que , vez por outra, se abate sobre mim, seja uma intensa paixão, uma lenta depressão, uma viagem elo eu interior a me resgatar lembranças, conhecimento, experiências de eras passadas e a me preencher a alma de um caloroso fogo de vida eterna.