A gente passa e não olha, convive e faz performance de amigo, diz umas palavrinhas dentro das convenções, sente por 5 minutos e vira as costas. Hoje estamos vivendo num mundo "virtual" além da tela do computador, tudo muito passível de uma passividade comodista, covarde e nada comprometida com qualquer emoção. Até o futebol já virou treino de combate homem a homem das torcidas pelas ruas, já não mais deliramos pelos ídolos, eles agora são de plástico, cheio de emblemas pelo uniforme a sustentar o poder de outros maiores glutões do mercado. Basta que decidam, transformar o garoto bom de bola num espetáculo que carrega nas costas o pesado valor do sucesso e das cobranças resultantes desse comércio, o craque se perde e sobra pouco no que acreditar como torcedor sobre seu ídolo de plástico vendido nas bancas de jornais. A uma semana da Copa do Mundo, quase nada se mexe, nem uma bandeira reclama, proclama sua pátria, quem der mai, leva, é a Lei, o homem por dentro do uniforme é um mero boneco. Fico triste de ver como a cada dia nos distanciamos mais do ser humano que tem necessidades psico-emocionais, nos transformando em aniquiladas pessoas que vivem impotentes diante de tanta digladiação de nossos valores e princípios. parecemos bandeiras a meio-mastro em sinal de condolências e respeito à nossa própria derrocada.
Nem sempre percebemos o quanto nos aprisionamos a conceitos, padrões e nos asfixiamos de prepotência como se donos da verdade, verdade só nossa ou passada para nós como a única em quem confiar, seguir.Talvez seja um caminho mais fácil o da limitação pelo já experimentado, pelo magoado, pela razão em controle do que será no amanhã, cegos a um real e contínuo nascer e morrer a cada dia e a tensa realidade de precisar dizer adeus, deixar partir oque nos era caro e acreditávamos, para sempre. Ah... ainda bem que o simbólico, o lírico dos poemos, da música, da arte, de tudo o que está além do material e seguro, é expressão da percepção e sensibilidade humanas. Talvez sejam canais de expressão de nossos medos, nossos mundos ocultos,fantasias,segredos, de nossa magia em transcender nossos corpos e beber de outras fontes no cosmos.
Pena que a maioria se perde em si mesmo e se infiltra na vida alheia, curiosa das mazelas por trás do buraco da fechadura, loucos por encontrar do veneno com que alimentam as mentes insanas, ocas, não produtivas, de garras em pé para arrancar a pele de "santa" honesta e virgem das criaturas. Há um desejo satânico de apontar o mau no outro, de dar rasteira, difamar, criticar, de querer justificar a cômoda cara de paisagem em seguir os corruptos, em se apoiar nos ladrões de carteirinha, na impunidade dos governos, acreditando que servem eles de referência. Há que chafurde na lama dos porcos feliz por ser mais um na multidão. Com certeza a opção da individuação requer consciência de si mesmo, de quem é e o que deseja ser, ser pelo menos alguém, não um zé ninguém, um zé mané , um nick virtual, falso como seus dados, tão fantasioso quanto o que você acredita ser, um inútil, talvez lhe falte um dicionário, lápis e papel para enumerar suas qualidades, definir seus valores, realmente é de um listar sem fim de conteúdo relacionado que se vai adquirindo conhecimento e reflexão sobre o conjunto de ideias. No fim dá até para filosofar, mostrar a sua forma e significado, colocar limites, se proteger dos desvairados aproveitadores do nada,a tirar de quem tem, criando vazios materiais e cultivando amor de desapego.
A vida passa ao largo daqueles que são observadores, jamais esticam suas mãos, não brincam de Circo, não se arriscam a aprender, temem viver sem muros, se escondem dentro de sóbrios tailleures, grandes guarda-chuvas, galochas de plástico amarelo, cinturas grossas de uma espessa camada de carboidratos de açúcares e achocolatados. E dá-le endorfina para ficar Zen(Sem) amor, sexo,ar, família, dinheiro, Deus...
Essa solidão é quase uma sólida coluna de uma precisa estratégia de negar o sentir. Há quem me diga que "não se envolve, se apaixona",como se fosse um ser com tamanha grandeza estratosférica de razão, que ela ocupa toda a sua expressão mental negando qualquer espaço para o tal do cérebro que reage aos cinco sentidos, ao espírito que de certa forma interage e cria a graça divina da vida, que é o Amor. Ainda bem que o Amor vence sempre e independente do homem desejar criar o mundo,ele cria somente um mundo dentro dele, e quanto menos ele se encaixam o macro-cosmos, menos ele conhece de si mesmo, além do que ele acreditar saber.Cada um outro que contigo partilhar as cores do arco-íris, verás que o teu será mais colorido diante dos tons que te apresentaram. A cada olhar receptivo que esticares até o horizonte,encontrarás uma infinita curvatura que te fará imaginar os mais possíveis caminhos , e mais poderás sonhar em cruzar esquinas, estradas, fronteiras, mares, oceanos, serás então dono de ti mesmo, cidadão do mundo, um elo da corrente do bem, que se une,se enlaça, abraça, recebe e dá durante sua jornada pela vida.
San, q saudades de ler teus textos, saudades principalmente de VC!
ResponderExcluirEste texto me fez refletir sobre tantas coisas...
Tudo realmente esta se tornando superficial e frio, naum somente com nossos idolos, alias, idolos nem existem, acredito eu, naum ha mais nada do q se empolgar, nenhum icone, citando agora a musik, como houve no passado com Beatles, Rolling Stones, David Bowie... minha geracaum eh lamentavel e pra sobreviver, eu fico sugando das geracoes dos outros, passadas. Pq eu naum aguentaria viver num mundo onde tudo eh descartavel como eh o de hj, alias, eu akbo criando um mundo soh pra mim, como se eu fosse pra uma "maquina do tempo" e de lah eu sempre extraio o q ha de melhor. Na minha infancia, meus idolos eram os icones goticos Bauhaus e The Cure. rs. Eh q minha irma eh mto mais velha do q eu, eu sou um acidente de percurso, ela tem 33 anos e sempre me mostrou tudo, ateh pq eu a infernizava, pois desde crianca sempre fui interessado em tudo e com o passar dos anos este interesse apenas se acentuou e eu fui buskndo informacoes por mim msm, um autodidata como sempre, ou curioso por natureza, no portugues bem claro, hahahahaha.
"Nem sempre percebemos o quanto nos aprisionamos a conceitos, padrões e nos asfixiamos de prepotência como se donos da verdade, verdade só nossa ou passada para nós como a única em quem confiar, seguir."
San, eu tenho experimentado mto isso em comentarios recebidos em blogs e tbm com pessoas com q lido diariamente. Naum sei o q acontece q ha pessoas q naum conseguem aceitar q existem outras vdds, outras experiencias de vida senaum a delas (q geralmente saum o exemplo a ser seguido¬¬), outros angulos a serem vistos, pensados, analisados... Eu sempre procuro respeitar ao maximo a opiniaum dos outros, mas qndo me abro, sempre vem bomba, como disse a minha amiga Desabafando esta manha, parece q eu tenho um karma. rs. Toda vez q tento ajudar, as pessoas vem em posicaum contraria. Como um video sobre selfharm q fiz pra PREVENIR os adolescentes q estavam comecando a fzer isso por curticaum e tinha gnt, ateh msm uma senhora de 40 e poucos anos q comecou a se cortar e o marido veio pra cima de mim dzendo q eu tinha incentivado ela a isso. Oo. Saum historias de arrepiar q lemos aki na net. rs. Eh a vida real escancarada, pq na real fik escondida entre maskaras.
Mas por aki ha mtas maskras tbm, os nicks q vc citou, o mundo fantasioso q pessoas criam e akbam por perder suas proprias essencias. Pessoas q amam controlar a vida alheia aki (como sinto isso na pele San, vc naum tem nocaum!) talvez por naum terem uma vida, ou talvez por sadismo msm, gostam de pressionar, perseguir, naum sabem o q eh amar e acham q isso eh diversaum. Eu sinto pena destes seres, q naum conhecem o verdadeiro amor. Ainda bem q ainda ha a musik, a arte, isso q tem me salvado.
As vzs fiko analisando ateh q ponto eh taum comodo assim ser vazio e infeliz. Eu naum conseguiria.
Te amo minha sabia amiga.
Oi, San. Isso tudo que você escreveu não deixa de ser o contato com a nossa espiritualidade. Nem que sejam apenas 20 minutos por dia encarando no teto os nossos "monstros" e "anjos". Mas ainda acredito que uns socos no ar e uns gritos no travesseiro resolvem bastante também. Eu alio os dois métodos. Os resultados não são perfeitos, claro, mas são incríveis! ;-))
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