Nascemos ego, alguém com nome e sobrenome desconhecidos, somos aquilo que nos dão, o que nos fazem acreditar ser verdade e mentira, certo e errado. Por um longo tempo vivemos submetidos às nossas necessidades em sobreviver, crentes naquilo que observamos e deduzimos de uma forma reta, sem qualquer tipo de reflexão, somente a partir das nossas impressões e reações emocionais. Enquanto crescemos, somos uma ilha cercada por um mundo que nos ameaça e ao qual precisamos nos jogar. Somos sozinhos por natureza, nesse caminho de busca de quem somos, enquanto protegidos, ousamos ir adiante, crescer, conhecer o que nos cerca, mas em algum momento da vida
nos percebemos tão pequenos, e muitas das vezes passamos por situações em que nos sentimos tão vulneráveis, inoperantes frente a todos os tipos de medos que nos assolam a alma. De repente somos obrigados a crescer rapidamente, na maioria das vezes é a dor de uma perda, a repetição de violência e admoestações que nos fazem conscientes de nossa falta de sustentabilidade, seja emocional, seja de base de valores e princípios que tenham formado nosso caráter e auto-estima, e assim sermos mais "densos", mais integrados ao nosso Self. Podemos nos sentir "pobres", ocos, é uma solidão interior causada pelo vazio existência, desconhecemos nossas potencialidades. Quem nos elogia? Quem investe em nos tornar livres e independentes?
Somos um mar de contradições, um amontoado de emoções, uma enorme quantidade de informações distorcidas, muita coisa oculta nessa "paisagem" aparentemente serena, bem educada, ou mesmo uma enorme tristeza e sensibilidade dentro de uma atitude ostensiva e violenta.Muita tempestades de areia que transformam tudo de uma hora para outra, e rodamos num círculo vicioso, com medo até de descobrimos quem somos realmente. Conjunto a todo esse processo de medo do desconhecido, existe um comodismo nato do ser humano, ou para os que são espiritualistas, do próprio espírito em admitir sua necessidade de enfrentar suas limitações, dizimar seus medos fantasiosos, se esforçar pelo aprimoramento pessoal, e este denota muita determinação e persistência, muito trabalho pessoal, luta interior em se auto-transformar, em buscar quem é e quem deseja ser daqui para diante e para sempre. As mudanças são constantes, é preciso lavar a alma de dor, limpar todo o negrume da
lama que jogam e seguir adiante. Cada experiência é uma oportunidade, a maioria de nós anda fugindo de sentir, pois foge da dor, da possível mágoa. Mas como aprender a amar, aprender a se relacionar, a aceitar o próximo como a si mesmo, sem ter a prática do exercício do amor? Por trás de uma tela de computador, por trás de uma tela de TV e um sofá confortável, detrás de uma janela, o homem é somente um mero espectador da vida, é preciso sair pra vida, atravessar as portas com o medo. O medo te guia até os limites que você suporta e te preserva a vida. A dor te traz próxima de teu coração, teus sentimentos verdadeiros, te faz íntima de você mesma. Em meio a essa vida no paralelo, o universo te faz se confrontar com certas encruzilhadas, estas sim são paradas obrigatórias onde você não terá escapatória.
Diante de si mesmo, você obrigatoriamente optará pela vida, na maioria das vezes, terá acima de tudo um caminho de busca interior, onde, ao final do caminho, você poderá encontrar consigo mesmo. É a possibilidade real de se bastar, se nutrir, se preencher com todo o arcabouço que existe em seu inconsciente e consciente, podendo assim caminhar na luz, ampliando em milhões de vezes o seu foco nesse enorme universo do qual é parte integrante , ao qual necessariamente precisa navegar e interagir.
Que a vida lhe reserve sempre a esperança, a perseverança de seguir em frente, apesar dos desafios impostos. Muitas vezes serão batalhas perdidas por sua ingenuidade, outras serão pequenas vitórias que precisam ser valorizadas.O processo é cumulativo e cada um opta no seu determinado momento em ser dono de si mesmo, mas sempre você estará seguindo em frente, compreenda seus limites, aceite os dos outros e se fortaleça através de suas fragilidades, elas te farão não se violentar, querendo parecer o que não é. Você é o que tem dentro de si.
Oi, San! Estou seguindo te blog. Fiz um rapidinho e não sei até quando minha Lua vai deixar. Sabe como ela é, né? E fazendo trígono a Lilith e Marte em Peixes, mais Urano, uff. ;-) Bjs
ResponderExcluirÉ, o autoconhecimento é muito importante, porque nos dá maior compreensão do que nos acontece.
ResponderExcluir"mas em algum momento da vida
ResponderExcluirnos percebemos tão pequenos, e muitas das vezes passamos por situações em que nos sentimos tão vulneráveis, inoperantes frente a todos os tipos de medos que nos assolam a alma."
Estou me sentindo assim no momento meu anjo... q saudades de vc! Mto obrigado pela forca q me deu em meu diario virtual, estou precisando disso, mais do q nunk neste momento.
Como tah sendo dificil aceitar certas coisas.
Eu sou uma pessoa mto densa e auto conhecimento, acredito q tenha um pouco e talvez por isso me sinta taum mal.
Te amo, nunk te vi, mas eh de vdd San, eu te amo.
Lindo o teu posto com tantas verdades...se cada um se aceitasse como é...e daí partisse para um melhoramento diário, eu acredito que a felicidade não seria uma palavra vã.
ResponderExcluirGosto da força que tu colocas nas tuas palavras...
Beijo e bom Dia da Mãe!
Graça
Olà Sandra,
ResponderExcluirLindo texto, como sempre sensivel e inteligente. Faz um ano que estou passando por uma fase dessas. Tudo é incerto e cheio de possibilidades . . . Com mestre Hades se opondo à venus, saturno se opondo ao sat natal e, para completar, o querido e imprevisivel urano, que chutou o pau da barraca passando pelo meu quiron e agora pelo meu saturno na IV. Enfim, a fase "agora enlouqueço" jà passaou, oufa ! Agora é encarar a "reconstruçao" depois do ciclone !
Obrigada pelos seus textos.
Grande abraço e paz no seu coraçao
Laura