Nossa caminhada é um desafio a cada etapa, precisamos vencer o medo e respirar. Assim começamos a vida, interagindo com o meio-ambiente, dependemos da mão de um alguém , do seio a jorrar alimento, a princípio choramos como para chamar atenção sobre nossas necessidades. Alguns sortudos são o centro das atenções de toda uma família a lhe rodear , enchendo-os de paparicos, abraços, colos dançantes, canções de ninar, belas manhãs de sol e somos carregados por essa avalanche de sensações, emoções e informações que vamos absorvendo sem muito compreender o real sentido disso tudo. Maior trabalho esse dever de crescer, estudar tabuada, fazer letra redondinha, comer a comida toda do prato, a gente não acredita que pode piorar depois. (risos) De alguma forma nossa inconsciência nos embala pela vida experimentando-a, vamos adquirindo uma mistura do filtro com o qual interpretamos o que observamos frente aos preconceitos ensinados e a nossa mais íntima índole, essa mistura é esse nosso Eu Interior, que nasce para brilhar como sol, uma identidade definida e integrada.
Solitária essa nossa busca, quem somos, de onde viemos, para onde vamos. Somos únicos buscando nossos "iguais" para nos acasalarmos, nos apoiarmos, nos tornarmos uma força quando unidos, precisamos uns dos outros para sobreviver, mas acreditamos ser donos de nosso destino. Mas cada qual de nós tem um caminho e seu livre arbítrio que nos dá essa liberdade ampla e irrestrita de escolher quem ser e mudar a qualquer momento. Nosso maior desafio é o MEDO, medo de ser incapaz de agradar o ser amado, de não ser reconhecido por seu poder/talento, medo do fracasso/sucesso. A insegurança é uma verdade diante do desconhecido, você mesmo se desconhece, vai se descobrindo cara pessoa e lugar que conhece.
Navegamos através das correntezas, contornamos nossos obstáculos, nossos medos se desviam em desculpas, sonhamos como ondas gigantes e terminamos lambendo as margens da terra. Mais tarde somos ilhas, construídas com base na rigidez do orgulho e preconceitos, na enorme dificuldade em nos adequar e compartilhar com a constante mutação e diversidade que nos cerca, nos impõe modismos, dogmas, crises. Planetas como Saturno e Plutão no ASC/Casa 1, formando aspectos com planetas pessoais, promovem um caminho de vida onde haverão necessidades de abdicação, esforço, lidar com perdas, crises, que de certa forma irão contribuir para seu crescimento pessoal, a conquista de uma atitude onde seja dono e responsável para seu reconhecimento e poder pessoal. Esses mesmos planetas numa Casa 4 podem evidenciar uma educação familiar rígida, uma aridez afetiva construindo alguma solidão, desejo de privacidade, questões de poder dentro da unidade familiar, seja por um específico personagem cultivando o controle/descontrole, seja por cobranças ou falta de uma atitude cultivadora, esse ventre não acolhe, rejeita, invalida, e mesmo a própria ausência/perda gera não-sustentação.
Em algum momento na fase adulta, a pessoa busca a auto-suficiência, amarga por vezes o peso da responsabilidade familiar, os laços com os quais se enforcam, presos a uma SEGURANÇA que o tolhe a liberdade,limita a auto-confiança.O indivíduo vaga em busca de questões concretas ou manipula como forma de proteção do seu ninho. Planetas pessoais em Escorpião e Capricórnio em mapas onde exista mais Ar tendem a favorecer a interiorização, emoções represadas, sentimentos intensos e densos podem cultivar "pérolas" cultivadas em "ostras protetoras" do mundo ameaçador e cruel, frio e inóspito de onde viemos ou das senzalas às quais foram acorrentados, por acreditarem-se escravos, se permitirem ser abusados. O amor pode ser uma ameaça por negar, causar dor ou meso pelo pavor da perda, principalmente quando os afetos são grandiosos, paixões, conquistas a um longo prazo de paciência para liquidar com as resistências.
As dificuldades são artimanhas do tempo, manutenção da privacidade até que possam abrir os portões da intimidade da partilha,mas jamais da entrega total. São cúmplices de seus donos como cães fiéis, se submetem e na maioria das vezes vivem no seu mundo interior, ou donos de cada passo-a-passo do cotidiano, que os leva a uma atitude egoísta, seja por sua negação pela impotência total de erguer-se ou por gerenciar a vida no comando exercendo seu poder, aniquilando aqueles que ousarem tirar deles essa pseudo sensação salvação, eternos sobreviventes. O "ir fundo" não é para qualquer um, o bom da história é que, enquanto existe inconsciência você emana uma energia tipo uma plaquinha na testa escrito: mantenha distância, ao mesmo tempo que você acena com um corpo palpitante de desejo, olhos gulosos e corpos pulsantes de desejo. Uma alquimia fascinante de mistério, desejo, desafio que faz um querer dominar pela segurança, ser dominado pela fantasia. Quase impossível resistirem, mas a seletividade é real, mesmo que a proposta seja do personagem mundano, cumprindo seu papel de macho predador, da executiva comedora de garotos de programa.
Eles(as) lutam pela vida afora, determinados, disciplinados, a ira internalizada pode ser um vulcão nutrindo esse interior de força ardente que queima e arde, mas não tem coragem, não acredita, se jogam na vida e vivem muito próximos do perigo, da miséria. Se mantêm firmes, impassíveis, como se fossem de ferro. A princípio o importante é ganhar a qualquer custo, socialmente precisam serem reconhecidos, emocionalmente morrem de medo de fracassarem, o fiasco de não corresponderem a tudo o que se forjam a ser. Não sabem pedir,a comunicação pode ser bem mais facilitada no corpo-a-corpo, a alma flui e eles se tornam humanos, alguns podem ainda depender do manter o "dever de cumprir" o papel. Sabem-se "maiores" do que os outros, muito mais pela obstinada determinação de auto-sacrifício e jamais desistirem. Não são melhores, talvez mais frágeis dentro dessa casca dura, escondam almas femininas, sensíveis, complexos.Alguns poderão ficar naquela vida muito íntima e pessoal, convivendo com seus intensos sentimentos que transformam em obras de arte, o controle do tempo como forma de limitar a invasão e até mesmo se desnudarem em demasiado.As explicações não existem, não devem satisfações, somente por interesse e com objetivo à frente,o NÃO é a palavra de ordem, o primeiro não é automático para si mesmo, o medo mora ali ao lado, o drama é encobrí-lo, disfarçá-lo. Os mais íntimos, os parceiros um dia encontram com o lado do avesso, se chocam como o derrotado, desmascarado, o lado pueril que vive em escapes sexuais ou alcoólicos paralelos, onde podiam se sujar, jogar no lixo todo o desprezo e mágoa por não conseguir abdicar dessas muralhas, pois até mesmo aqueles que se erguem sem ostentação, podem ainda conduzir conflitos internos , preconceitos contra si mesmos e também atraem oposições gratuitas daqueles que não lhes é permitida a entrada franca.
Aquilo a que chamamos felicidade consiste na harmonia e na serenidade, na consciência de uma finalidade, numa orientação positiva, convencida e decidida do espírito, ou seja na paz da alma.
ResponderExcluirThomas Mann
forte abraço
c@urosa
Oi san,
ResponderExcluirColoquei vc na minha lista de preferidos e agora espero nao perder mais vc por aí..rs...eu falo isso pq um dia apertei um botao e sumiu todo mundo da minhas janelinhas e de lá para cá,venho recolocando as pessoas q por lá apareceram...E assim nao me sinto só(é ruim se sentir só sim)mas por falar em solidao,eu tenho lutado para espantar este meu gotar de ficar sózinha(pq eu tb gosto de ficar sózinha)...acho q vc até ja viu isso na numerologia q fez)gosto de pessoas,de festa e tudo mais,mais tb gosto do meu espaço...de comprar roupas sózinha...de tomar café sózinha...Sou taurina com ascendente em sagitario entao imagine a briga em mim pois touro gosta de estar só(acho q isso vem do touro)já sagitário gosta de festa...Touro é meio tímido e discreto já o meu sagitário nao tem nada de discreto e nem é tímido...rs...Touro é família,das raízes e o meu sagitáriozinho é da liberdade e soltinho soltinho...E pra complicar ainda tenho a lua em aquario...rs...
Bem San, agora vou aparecer sempre por aqui...
Beijinho
Maria
O Trajecto da nossa vida...com todos os cambiantes,sentimentos e o medo, como tu dizes e bem e ao contrário do que muita gente pensa, o medo é um amola que nos impulsiona a seguir, a vencer!
ResponderExcluirGostei muito deste texto, aliás, gosto muito do que escreves. Mil beijos.
Graça