Pensamento

"Onde quer que o homem vá , verá somente a beleza que levar dentro do seu coração" . Ralph W Emerson

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Rei Sol

Uma célula com um núcleo ao centro é o início de uma longa jornada de desenvolvimento. Entre milhares de mudanças reprodutivas vai surgindo a vida, alimentada pela vida de outro ser, o elo de união e dependência, submissão e humildade. O Reizinho corta a abóbada placentária, se mete a empurrar a vida pro mundo, "coroa" e brilha no universo. O Eu existe e por um bom tempo, o Eu reinará absoluto dentro de seu pequeno mundo, o entorno o rodeia, protege, nutre, acolhe e cuida. Cercado de mimos se percebe o núcleo vivo, quando desamparado e legado a um destino sem elos, seu núcleo é o vácuo, a nulidade. Seja pela fome de aplausos, seja pela carência de reconhecimento, ele engatinhará, se rastejará pelo caminho, comerá terra, escrementos, sal, doce, provará de tudo, descobrirá o gosto, o cheiro, a dor, a alegria. Sentará em posição de lotus e abrirá um sorriso que iluminará o céu e irá cambaleante em frente, se equilibrando nas duas colunas saltitantes a esmo, mas sempre para frente. O Sol Infante ainda se deslumbra com a grandeza do céu, descobre o Tempo, aprende a se impor e se submeter a ele. Ele nasce e morre todo dia, mesmo que as nuvens o encubram, ele existirá no firmamento.Ele se descobre algo bem maior que o que sua "coroa" representa sempre se que vê Self no centro do Universo.

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